Nosso amor ficou sepultado, naquela sala onde o tratou passou.
O operário descuidado não notou, que as esteiras pesadas, massacravam nossa história.
- cada lembrança -
Foi de caminhão, direto para o lixão, os pedaços de querer,
Misturados ao concreto, aos restos do teto fedido,
Onde os morcegos, de folga, observavam.
Morcegos testemunhas de tantos beijos.
Beijos perigosos, beijos com medo que a porta abrisse.
Outra maquina veio, arrancou do terreno as fundações daquela sala,
Deixou no barro, tudo plano.
Amor despedaçado, suicida, bomba relógio, tempo marcado.
Fantasma assombrado, acorrentado ao peito, no leito de morte.
Ainda espera. Ainda espero,
Ver teus dentes brilhando, em um sorriso
Magico, daqueles teus.
Hoje te vi atravessar a rua, e te segui com os olhos
Senti o chão tremer.
Como se aquela sala quisesse renascer com uma força tal,
Que nem todos os tratores do mundo poderiam lhe derrubar
Mas você se esvaiu pela rua, e as sombras retornaram
-pequenos diabinhos da solidão-
Teimando em escurecer meu coração,
e não deixar esquecer,
que mesmo sem nunca poder te ter,
perdi você
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
Numero 10
Ainda não te contaram,
Mas já inventaram o telefone
Não sei se alguém já te falou
Mas também inventaram o computador
Não acabaram totalmente com as cartas
Telex é que ninguém mais passa
Existe mensagem, email, torpedo
Que espero tanto, e não recebo.
Nem um recado, bilhete ou comentário
Ainda bem que sonho não pode ser grampeado
Mas já inventaram o telefone
Não sei se alguém já te falou
Mas também inventaram o computador
Não acabaram totalmente com as cartas
Telex é que ninguém mais passa
Existe mensagem, email, torpedo
Que espero tanto, e não recebo.
Nem um recado, bilhete ou comentário
Ainda bem que sonho não pode ser grampeado
Numero 09
Depois do fim do mundo não existe nada
Você foi embora
Toco esse vazio com a ponta dos dedos
Esperando pelo que não vem
A dor tem cor
O nada tem sombra e massa
E me esmaga toda manhã.
Você foi embora
Toco esse vazio com a ponta dos dedos
Esperando pelo que não vem
A dor tem cor
O nada tem sombra e massa
E me esmaga toda manhã.
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