sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Quase um Soneto

Arrasto minha carcaça
nesse pântano lodoso
Montado no destino
rocinante

Deliro na carapaça
de monstro escabroso
Talvez a maldição de algum
necromante

Tu vens, brilhante, estrela encarnada
No caminho alvo, tingido de doirado
Pelo sol da tarde, calma
alucinante

Ou sou eu que sonho
pelo pântano, enfeitiçado