As paginas dos livros amarelam com o tempo.
Vão queimando lentamente, mudando de cor.
As fachadas das casas precisam ser pintadas, todo ano.
Ou desbotam e denunciam o desleixo do dono.
Os amores guardados no peito.
Desbotam, amarelam, mudam de cor.
Mas insistem em não morrer, em não murchar.
Contra a vontade persistem, parafusados a carne
Talvez esperando uma nova mão de tinta
Ou, não sei o que.
terça-feira, 26 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
Efeito Borboleta
Não sei o que você está fazendo agora
Se estiver chorando
Não é hora
Se estiver sorrindo,
Ainda bem
Se estiver cozinhando,
Quero também
Se estiver sonhando,
Me leva junto
Se precisar de ajuda,
Estou ao lado
Se odiar as segundas,
Fiquemos deitados
Esperando o sol nascer
Conversando sobre
Esse delírio
Planejando como vão ser
Os nossos filhos
Que ainda vão nascer
Na outra vida
Na outra rota
Alternativa
Da vida que não tivemos
Sangra nosso peito em segredo
Querendo tudo diferente
Mas nos cruzamos, como estranhos
Em um mundo em que deuses
Conspiram
E roubam cruelmente
Todas as possibilidades
De que o delírio seja a verdadeira realidade
E deitados conversando,
Brincamos de pensar como seria
Se não estivéssemos juntos
Mas não, os deuses com inveja dos teus beijos
Nos colocaram para viver a realidade dura
E sabotam nosso caminho para a felicidade
Onde outros, como você já sabe
Colhem nossas flores, distraídos
Na brisa leve da tarde
Contra o querer do deuses
Nos encontramos, e nos amamos
Mas quando eles perceberam
Com toda a crueldade
Mudaram tudo outra vez
E já era outra realidade.
Colocaram nós dois bem longe
Um em cada cidade
Assinar:
Postagens (Atom)