terça-feira, 12 de agosto de 2014

Eu morrerei de tristeza

O amor queima como o carvão incandescente,
na forja do ferreiro que bate, modela e transmuta,
aço, fogo e suor, em espada que cortará a carne
dos inimigos

O amor flui como a chuva
Caindo sobre montanhas, esculpindo na terra,
formas eternas como o próprio amor.
Morros-testemunhas de outras eras.

O teu amor, no vai-não-vem da vida
Fica guardado em meu peito.
Como fogo destroçando as florestas do mundo.
Como alagação de rio,
Que varre tantas terras.

A natureza e o amor são igualmente belos
São igualmente doces, malévolos, vis.
São igualmente terríveis.

O amor é a própria forja do ferreiro.
O amor é o martelar no aço.
O amor é moldar o aço.

É transmutar dor em doçura.
Transformar temor em ternura.
É bater com força na realidade,
e cortar com a espada da coragem,
A carne da covardia nossa de cada dia.

Mas o amor é maior que a natureza,
na medida que não tem medida.
Na perspectiva de não ter saída.
Eu morrerei de tristeza.

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