terça-feira, 12 de setembro de 2017

Não esqueci teu dia

Não esqueci teu dia.
Te trago essas letrinhas.
Como uma sopa rala, opaca, insossa.
Como isopor, como brisa, como água de garrafa.
Te trago esses sentimentos oprimidos pelas circunstâncias,
somente para te lembrar que não esqueci teu dia.

Te trago essas letrinhas desorganizadas, caóticas, não revisadas.
Acorrentadas, penadas, fantasmagóricas, sobrenaturais, distópicas.
Toda essa gama de sentimentos e impressões medrosas.
Te trago meu peito fatiado pelo magarefe do tempo,
somente para te lembrar que não esqueci teu dia.

Não esqueci teu dia, teu rosto, teus pelos, teu gosto,
as histórias da tua vida, o quarto de hotel, o caminho da felicidade,
os risos nas manhãs chuvosas, o pé de goiaba, a porta fechada, a cadeira caída,
a noite na rua, o sabor da tua voz ecoando como num transe.

Não esqueci teu dia e te mando um beijo,
via telepatia, para te despertar feliz,
na manhã do dia 08.
Eu jamais esqueceria.



sexta-feira, 26 de maio de 2017

Novos planetas são descobertos todos os dias.
Bilhões, bilhões e bilhões de estrelas na imensidão.
E tu mais brilhante do que elas.
Mais pulsante do que elas.
Mais distante.
Elas la. No insondável. No ignoto. No intransponível.
Tu ali. Em outro bairro da cidade.
Eu aqui. Com as mãos em concha.
Tentando aparar um pouco do teu brilho.

 


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Caminhando pela rua, procuro pelo teu sorriso,
que não sei se esqueci por entre meu livros de poesia,
se deixei pendurado com as chaves, ou se perdi
quando corri apressado para não atrasar,
no compromisso que nunca quis ir.

Era dia 10 de dezembro.

Me da a tua mão. Vamos voar!
Porque existem outros universos. Outras realidades. Outras dimensões.
Em uma delas, ou em várias, estamos juntos agora.
Neste exato momento estamos tomando café,
passeando de mãos dadas,
fazendo feira.
Agora mesmo estamos nos beijando,
estamos com os dedos entrelaçados
estamos olhando nos olhos um do outro.
Sem conseguir imaginar que,
 em alguma outra vida,

É 10 de dezembro.