Não esqueci teu dia.
Te trago essas letrinhas.
Como uma sopa rala, opaca, insossa.
Como isopor, como brisa, como água de garrafa.
Te trago esses sentimentos oprimidos pelas circunstâncias,
somente para te lembrar que não esqueci teu dia.
Te trago essas letrinhas desorganizadas, caóticas, não revisadas.
Acorrentadas, penadas, fantasmagóricas, sobrenaturais, distópicas.
Toda essa gama de sentimentos e impressões medrosas.
Te trago meu peito fatiado pelo magarefe do tempo,
somente para te lembrar que não esqueci teu dia.
Não esqueci teu dia, teu rosto, teus pelos, teu gosto,
as histórias da tua vida, o quarto de hotel, o caminho da felicidade,
os risos nas manhãs chuvosas, o pé de goiaba, a porta fechada, a cadeira caída,
a noite na rua, o sabor da tua voz ecoando como num transe.
Não esqueci teu dia e te mando um beijo,
via telepatia, para te despertar feliz,
na manhã do dia 08.
Eu jamais esqueceria.
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