sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Intimidade no sofá da sala dos morcegos

A água cai do céu
parece a tela da tv fora do ar.
A chuva é o mundo fora do ar.
Passa o teu sorriso na boca de outra mulher.
Mas não era o original.
A chuva sou eu fora do ar.
Sabe a nossa intimidade?
Aquelas conversas. As história das vida dos parentes?
A chuva me levou para a sala dos morcegos
E me veio a memória aquilo tudo.
Memória!
Que desgraça é a memória.
Vamos levando para todos os lados caixas e caixas e caixas e momentos bons.
Enquanto chovem dos céus facas, adagas, cimitarras, catanas de péssimas recordações.
Foda-se tudo!
Nenhum bisturi pode remover o teu sorriso das minhas pálpebras.
E toda vez que eu fecho os olhos
eu sou feliz.
E rio sozinho.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário