Tanta chuva desperdiçada
Tanta tarde de abril para nada
Tanta água escorre pela calçada
Tanto querer
Tanta janela até tarde iluminada
Tanta solidão nas paredes infiltrada
Tanta emoção tolhida, encapsulada
Tanto correr
Tudo alagado no quintal
Tudo é levado pela cheia colossal
Para quê mais um dia no mês de fevereiro
Tanta tristeza inunda o carnaval
Tento entender
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
O Sol é Quase Eterno
Nosso amor é o pássaro
de alas abertas no céu
sustentado na amplidão
pelas térmicas e pelo véu
de sólidas nuvens de algodão
Ave linda e arredia
endêmica dessas matas
Nosso amor é a fera que rasga
com garras navalhais
tenras carnes cordiais
A proteção de lata
de armaduras medievais
nada pode contra a pata
do amor que rapina e mata
pequenos e frágeis animais
Eu fito o horizonte com medo
do ataque predador
de costas para o sol, o amor
mergulha em posição marcial
Arranca meus olhos e come
Te leva para longe, some
deixando escuridão e dor
e já não posso admirar o esplendor
das plumas do nosso amor
Ave arredia e rara
Que migrou para o tão distante
escuro e causticante
mundo do acabou
Mas o sol é quase eterno
e depois de todo inverno
ressurge pelas planícies
campos, jardins e pântanos
Do mundo que inventamos
Voando leve, faceiro, o amor
lembrando ao coração
Não! nunca passou.
de alas abertas no céu
sustentado na amplidão
pelas térmicas e pelo véu
de sólidas nuvens de algodão
Ave linda e arredia
endêmica dessas matas
Nosso amor é a fera que rasga
com garras navalhais
tenras carnes cordiais
A proteção de lata
de armaduras medievais
nada pode contra a pata
do amor que rapina e mata
pequenos e frágeis animais
Eu fito o horizonte com medo
do ataque predador
de costas para o sol, o amor
mergulha em posição marcial
Arranca meus olhos e come
Te leva para longe, some
deixando escuridão e dor
e já não posso admirar o esplendor
das plumas do nosso amor
Ave arredia e rara
Que migrou para o tão distante
escuro e causticante
mundo do acabou
Mas o sol é quase eterno
e depois de todo inverno
ressurge pelas planícies
campos, jardins e pântanos
Do mundo que inventamos
Voando leve, faceiro, o amor
lembrando ao coração
Não! nunca passou.
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