No quarto de hotel você não me entende.
Sou o retrato da incompreensão.
Eu quero o amor,
E não a noite que acaba rápido.
Quero a alma e não somente o corpo.
Quero a parceria e não o adeus sem vida.
No quarto de hotel, carrego o mundo para o quarto.
E não consigo. De fato, não consigo.
Dar vasão a represa das angustias.
Abrir as comportas das águas mortas.
No apartamento 509 sou menos do que outros.
Me sinto mal.
Queria ser e não é possível.
Um pouco menos que teu amigo.
Enganar, mentir e ir embora.
Mas teus beijos me puxam para dentro.
Teus olhos arrancam as certezas.
E me rendo.
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Apartamento 509
Meu amor!
Qual a solução desse mistério.
Que musica cantaremos, quando subirem os créditos.
O fim do drama,
Talvez seja sonho, ou cemitério.
Qual a solução desse mistério.
Que musica cantaremos, quando subirem os créditos.
O fim do drama,
Talvez seja sonho, ou cemitério.
Um campo minado em nossas casas
Sementes de dor,
escorrem de minhas mãos.
Vou plantando em teu caminho,
esperança e desilusão.
Morremos divididos,
Entre os que nos cercam.
Como se tivéssemos,
uma bomba em cada mão.
Uma granada em cada palavra
Um campo minado em nossas casas.
O temor da noite
O teu nome em minha boca quando durmo.
Quando sonho.
O teu gosto, o teu rosto, os teus pêlos.
Me assombram pela noite a dentro.
Pela madrugada afora.
Um campo minado em nossas casas
E nós?
Sinceramente,
Não sei.
escorrem de minhas mãos.
Vou plantando em teu caminho,
esperança e desilusão.
Morremos divididos,
Entre os que nos cercam.
Como se tivéssemos,
uma bomba em cada mão.
Uma granada em cada palavra
Um campo minado em nossas casas.
O temor da noite
O teu nome em minha boca quando durmo.
Quando sonho.
O teu gosto, o teu rosto, os teus pêlos.
Me assombram pela noite a dentro.
Pela madrugada afora.
Um campo minado em nossas casas
E nós?
Sinceramente,
Não sei.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Caixa de lembranças
A última página do livro.
As últimas linhas.
Ao fechar, a capa encobrirá todas as manhã,
o pé de goiaba, a sala, o sofá, as conversas:
A irmã que casou, a outra que separou, a mãe que foi embora.
Eu ficava tão feliz ouvindo as historias.
Me via fazendo parte da família,
E dividindo todos aqueles problemas em parte iguais,
Ou pelos menos, segurando a tua mão, quando você chorasse.
Nunca mais!
Ninguém lerá nossas palavras.
Que amarelaram antes de florescer.
Linhas tortas, escritas erradas.
Agora não sei onde guardar essa caixa de lembranças.
Tão pesadas!
As últimas linhas.
Ao fechar, a capa encobrirá todas as manhã,
o pé de goiaba, a sala, o sofá, as conversas:
A irmã que casou, a outra que separou, a mãe que foi embora.
Eu ficava tão feliz ouvindo as historias.
Me via fazendo parte da família,
E dividindo todos aqueles problemas em parte iguais,
Ou pelos menos, segurando a tua mão, quando você chorasse.
Nunca mais!
Ninguém lerá nossas palavras.
Que amarelaram antes de florescer.
Linhas tortas, escritas erradas.
Agora não sei onde guardar essa caixa de lembranças.
Tão pesadas!
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