No quarto de hotel você não me entende.
Sou o retrato da incompreensão.
Eu quero o amor,
E não a noite que acaba rápido.
Quero a alma e não somente o corpo.
Quero a parceria e não o adeus sem vida.
No quarto de hotel, carrego o mundo para o quarto.
E não consigo. De fato, não consigo.
Dar vasão a represa das angustias.
Abrir as comportas das águas mortas.
No apartamento 509 sou menos do que outros.
Me sinto mal.
Queria ser e não é possível.
Um pouco menos que teu amigo.
Enganar, mentir e ir embora.
Mas teus beijos me puxam para dentro.
Teus olhos arrancam as certezas.
E me rendo.
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