quarta-feira, 21 de maio de 2014

Vinte de Maio

Passarinhos sem asas morrem.
Vinte de maio. Cai como bomba.
Vinte de maio. Chega como morte.
Não me de esse beijo sangrento,
Esse adeus afiado.
Tua boca não foi feita para me desprezar,
mas mesmo ela insiste, destrói, implode.
Eu sei, não temos nada. Eu sei
Mas mesmo tendo tantos espinhos na mãos,
te perfurando, te rasgando nos dias de solidão.
Não me deixe de herança esse 20 de maio, esse até nunca.
Passarinhos sem asas morrem.
Sonhos são as minhas asas. guarda essas tochas.
Pára.    

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