Eu sou o jardineiro
inábil.
Imprudente,
atordoado.
Cultivo gramíneas
e corto rosas pelo
talo.
Pelo caule.
Rego ervas daninhas
E mato desidratado
O verde de todo o
vale
Do amor
Eu sou
O ceifador
E não mereço colher
A orquídea de Kinabalu
No caminho dourado
Da felicidade
Viver
O sonho
Como?
Se eu sou o
jardineiro inábil
Do amor
eu sou
o ceifador
Não posso segurar
teu coração.
Eu retalho
com minhas mãos de
tesoura
com meus dedos de
navalha
estraçalho
qualquer
possibilidade de colheita
Eu sou o jardineiro
inábil
E trago a promessa
de terras estéreis,
Inférteis,
concretadas.
Eu habito um mundo
subterrâneo
Eu sou como as
raízes
Sustentando a
superfície verde
Na qual outros
serão felizes.
N escuro da minha
condição
Na solidão da minha
inabilidade
Eu não mereço
colher
A orquídea de
Kinabalu
No fim do caminho
dourado
Da felicidade
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