Me invade essa dor no peito
De não te ter.
O ar é sempre pesado, carregado de uma dor secreta.
Eu sei, deveria estar tudo morto a essa altura.
Deveria ter apodrecido tudo, depois de tanto tempo
Tudo que fica sem cultivo morre.
Tudo precisa ser regado.
Mas ainda esta aqui dentro
Eu sinto saudade das conversas, dos sorrisos, dos segredos
Sinto saudade da parceria, da cumplicidade.
São muitas sementes espalhadas.
Rebrotando.
Sementes das coisas que vivemos.
Talvez o tempo vá despedaçar tudo,
Como se arrancasse as pétalas de uma flor
Na brincadeira do bem-me-quer.
É bem provável. Ou pouco provável.
Eu não sei.
Só sei que queria te ver
E esse querer é do tamanho da impossibilidade de isso acontecer.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
No Caminho da Felicidade - Segunda parte
Quem me dera voltar ao caminho da felicidade
Embriagado pelo mel, pelos raios de sol, pela loucura
Flutuando na brancura da pele, alva como a neve
De terras que nunca vi.
Quem me dera mergulhar nos penhascos do desengano
E abandonar toda a certeza, tudo que é concreto
Todos os planos, toda a sanidade
Pelos delírios do caminho da felicidade
Quem dera outra vida, outro tempo, outra compreensão
De como roda essa engrenagem
Eu evitaria a fatal separação, esqueceria a liberdade
Me entregando como eterno escravo
Do caminho da felicidade
Embriagado pelo mel, pelos raios de sol, pela loucura
Flutuando na brancura da pele, alva como a neve
De terras que nunca vi.
Quem me dera mergulhar nos penhascos do desengano
E abandonar toda a certeza, tudo que é concreto
Todos os planos, toda a sanidade
Pelos delírios do caminho da felicidade
Quem dera outra vida, outro tempo, outra compreensão
De como roda essa engrenagem
Eu evitaria a fatal separação, esqueceria a liberdade
Me entregando como eterno escravo
Do caminho da felicidade
A Despedida
A despedida é a morte da esperança.
O dia inevitável.
Quando navalhas cortam a carne,
E separam os que se amam.
A despedida é a noite que não acaba.
Quando todos os vínculos físicos são partidos.
Em milhares de cacos, os sorrisos quebrados ficam espalhados pelo chão.
Na despedida chove. Mesmo que ninguém possa ver
E o caminho fica enlameado.
Com aquele barro que não desgruda fácil, que não desgruda nunca.
É a lama da saudade travando as engrenagens do dia dia.
Após a despedida, por fora tudo segue normal:
Os ônibus passam, os aviões continuam caindo, os santos não fazem nenhum milagre.
Mas por dentro todo dia é 6 de agosto, por dentro é sempre Hiroshima.
Só quem tem a lama da saudade grudada no sapato, nos cabelos, por dentro do peito,
Sabe o tamanho do estrago.
Só quem sente o que eu sinto, quando passo na tua rua,
Pode entender desses assuntos.
O dia inevitável.
Quando navalhas cortam a carne,
E separam os que se amam.
A despedida é a noite que não acaba.
Quando todos os vínculos físicos são partidos.
Em milhares de cacos, os sorrisos quebrados ficam espalhados pelo chão.
Na despedida chove. Mesmo que ninguém possa ver
E o caminho fica enlameado.
Com aquele barro que não desgruda fácil, que não desgruda nunca.
É a lama da saudade travando as engrenagens do dia dia.
Após a despedida, por fora tudo segue normal:
Os ônibus passam, os aviões continuam caindo, os santos não fazem nenhum milagre.
Mas por dentro todo dia é 6 de agosto, por dentro é sempre Hiroshima.
Só quem tem a lama da saudade grudada no sapato, nos cabelos, por dentro do peito,
Sabe o tamanho do estrago.
Só quem sente o que eu sinto, quando passo na tua rua,
Pode entender desses assuntos.
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Hoje choveu
Hoje choveu.
E a chuva era tão pesada!
Cada gota era uma lagrima.
Cada lagrima era uma saudade.
E a saudade alagou a minha rua.
E minha vida ficou interditada.
Hoje choveu.
Mas não era canivete, nem gilete nem lamina afiada.
Choveu lembranças tuas.
Em cada gota, nossa vida passada
Dilacerando cada canto do peito.
E sangrei sentindo a tua falta.
Hoje choveu
Lembranças, cumplicidade, desejos, fugas
Planos que não deram em nada.
O gosto da tua boca na minha boca.
Minha mão apertando a tua até ficar roxa.
E a desesperança inundando nossa estrada.
E a chuva era tão pesada!
Cada gota era uma lagrima.
Cada lagrima era uma saudade.
E a saudade alagou a minha rua.
E minha vida ficou interditada.
Hoje choveu.
Mas não era canivete, nem gilete nem lamina afiada.
Choveu lembranças tuas.
Em cada gota, nossa vida passada
Dilacerando cada canto do peito.
E sangrei sentindo a tua falta.
Hoje choveu
Lembranças, cumplicidade, desejos, fugas
Planos que não deram em nada.
O gosto da tua boca na minha boca.
Minha mão apertando a tua até ficar roxa.
E a desesperança inundando nossa estrada.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Assim eu vivo
Andei por todas as ruas do mundo e não te encontrei.
Por todas as casas, entrei e nelas so vi pessoas estranhas.
Andei pelas calçadas, rios, florestas e estradas
Andei por todos os prédios e becos.
Procurei nas farmácias a cura para a saudade que sinto de você.
Mergulhei no mar das tristeza e me afoguei em lembranças.
Mas ainda estou aqui
Pendurando em um fio de esperança de que ainda vou te ver, um dia.
Assim eu vivo.
Por todas as casas, entrei e nelas so vi pessoas estranhas.
Andei pelas calçadas, rios, florestas e estradas
Andei por todos os prédios e becos.
Procurei nas farmácias a cura para a saudade que sinto de você.
Mergulhei no mar das tristeza e me afoguei em lembranças.
Mas ainda estou aqui
Pendurando em um fio de esperança de que ainda vou te ver, um dia.
Assim eu vivo.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Querer
Querer
Queria te pegar pela mão, te chamar de meu amor, te levar por todas as ruas que conheço e te fazer feliz
Queria poder tudo que quero, receber tudo que espero, encontrar tudo que procuro e te fazer feliz.
Queria te fazer sorrir, te fazer dormir, te fazer sonhar, te fazer voar, e colocar todo dia um sorriso na tua boca
Queria não querer tanto, não sofrer tanto, não ouvir tanto, musicas tristes, e te fazer feliz.
Queria ter uma rua, uma casa, uma vida, teus beijos, e te fazer feliz
Queria, quero, vou querendo, me desfazendo em "quereres" impossíveis, em "viveres" improváveis, em delírios torturantes, esperando você, que sei que não vem.
Queria te pegar pela mão, te chamar de meu amor, te levar por todas as ruas que conheço e te fazer feliz
Queria poder tudo que quero, receber tudo que espero, encontrar tudo que procuro e te fazer feliz.
Queria te fazer sorrir, te fazer dormir, te fazer sonhar, te fazer voar, e colocar todo dia um sorriso na tua boca
Queria não querer tanto, não sofrer tanto, não ouvir tanto, musicas tristes, e te fazer feliz.
Queria ter uma rua, uma casa, uma vida, teus beijos, e te fazer feliz
Queria, quero, vou querendo, me desfazendo em "quereres" impossíveis, em "viveres" improváveis, em delírios torturantes, esperando você, que sei que não vem.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Silêncio
O silêncio fere como faca amolada,
Desfaz como ácido,
Destroi como uma bomba.
O silencio é mortal como veneno,
E assustador como a noite.
Não espero nada, do que nunca tive.
Não me desespero por pouca coisa.
Mas no presente silencioso,
Lembrando um passado de risos,
Me consumo desejando qualquer palavra,
Que espante a saudade.
Mas só tenho o silêncio.
O silencio é o veneno da alma.
É o ácido do amor.
É a bomba da esperança.
É o fim.
terça-feira, 22 de maio de 2012
No Caminho da Felicidade
No caminho da felicidade existem pedras,
Existem espinhos, e ha dor.
No caminho da felicidade existe perda,
Existe o medo, e noites que nunca acabam.
No caminho da felicidade existem flores,
Odores, sabores, e sorrisos.
Mas existe desorientação, sufocamento
E o sentimento constante,
De que algo esta errado.
De que, por algum motivo que ninguém sabe explicar,
Outros estão vivendo nossas vidas.
Vivem, não no caminho, mas a própria felicidade.
Para eles não ha pedras, nem perdas e nem desorientação.
Para eles, todos os odores, sabores e sorrisos.
E, distraidos, colhem nossas flores todas as manhãs.
Existem espinhos, e ha dor.
No caminho da felicidade existe perda,
Existe o medo, e noites que nunca acabam.
No caminho da felicidade existem flores,
Odores, sabores, e sorrisos.
Mas existe desorientação, sufocamento
E o sentimento constante,
De que algo esta errado.
De que, por algum motivo que ninguém sabe explicar,
Outros estão vivendo nossas vidas.
Vivem, não no caminho, mas a própria felicidade.
Para eles não ha pedras, nem perdas e nem desorientação.
Para eles, todos os odores, sabores e sorrisos.
E, distraidos, colhem nossas flores todas as manhãs.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
segunda-feira, 30 de abril de 2012
O Sol
O sol, de manhã, me lembra teu sorriso
Tão luminoso e intenso.
O sol, a tarde, lembra nossa despedida.
Triste.
Como se todas as luzes do mundo tivessem apagado
Para não mais acenderem.
Tão luminoso e intenso.
O sol, a tarde, lembra nossa despedida.
Triste.
Como se todas as luzes do mundo tivessem apagado
Para não mais acenderem.
sábado, 28 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Amargas Saudades
Lá fora está chovendo.
Você está distante.
Quase que esqueço teu rosto,
E até tento.
Com força.
Digo a mim mesmo: "acabou!"
Imagino que essa chuva está levando embora tudo que vivemos.
Mas por um capricho da chuva, quando a água baixa,
Está você.
Inundando o mundo todo, alagando tudo que me cerca.
Com doces lembranças,
E amargas saudades.
Você está distante.
Quase que esqueço teu rosto,
E até tento.
Com força.
Digo a mim mesmo: "acabou!"
Imagino que essa chuva está levando embora tudo que vivemos.
Mas por um capricho da chuva, quando a água baixa,
Está você.
Inundando o mundo todo, alagando tudo que me cerca.
Com doces lembranças,
E amargas saudades.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Descaminhos
Hoje vi uma nuvem com o formato do teu rosto.
Uma flor, que lembrava os teus dentes.
Uma gota que parecia a tua boca.
Hoje entrei em uma rua, que levava a nenhum lugar.
E senti tua mão me puxando, para o passado distante.
E achei que a saudade ia me matar.
Hoje o tempo viaja rápido.
A gente vive pouco.
E existem vontades tão grandes,
que vão nos deixando louco.
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