Me invade essa dor no peito
De não te ter.
O ar é sempre pesado, carregado de uma dor secreta.
Eu sei, deveria estar tudo morto a essa altura.
Deveria ter apodrecido tudo, depois de tanto tempo
Tudo que fica sem cultivo morre.
Tudo precisa ser regado.
Mas ainda esta aqui dentro
Eu sinto saudade das conversas, dos sorrisos, dos segredos
Sinto saudade da parceria, da cumplicidade.
São muitas sementes espalhadas.
Rebrotando.
Sementes das coisas que vivemos.
Talvez o tempo vá despedaçar tudo,
Como se arrancasse as pétalas de uma flor
Na brincadeira do bem-me-quer.
É bem provável. Ou pouco provável.
Eu não sei.
Só sei que queria te ver
E esse querer é do tamanho da impossibilidade de isso acontecer.
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